Miguel empurrou a porta e entrou.
Ela estava deitada de lado na cama, de costas para ele.
Não conseguia ver a expressão do rosto dela, então Miguel perguntou:
- Ainda está dormindo? Já passou das oito, não vai se levantar para se arrumar, comer e ir trabalhar?
Luiza, abafada sob o cobertor, ainda presa nas emoções da ligação anterior, respondeu cansada:
- Estou um pouco cansada, quero só mais um tempinho na cama.
- Está doente? - Ele se aproximou, se sentando na beira da cama para perguntar.
Luiza estava prestes a negar quando ele estendeu a mão, tocou sua testa e sentiu que a temperatura estava normal, então se tranquilizou um pouco.
- Não está se sentindo bem? - Ele olhou para os olhos dela, preocupado.
Luiza se sentiu um pouco desconfortável com o olhar dele, sem entender o por quê, balançou a cabeça.
Ela sabia que Walter estava tentando o prejudicar, mas não podia contar a ele, porque se ele soubesse, ela estaria presa novamente. Teoricamente, ela também era egoísta.
- É por cau