Ele achava que ela ainda estava zangada.
Luiza sorriu e disse:
- Miguel, eu já não estou mais zangada; chegou o momento de deixar para trás. Sinto apenas alívio, não raiva.
Miguel estremeceu.
Luiza continuou:
- Que seja uma boa despedida, sem olhar para trás.
Nos seus olhos profundos, parecia surgir uma fissura, e demorou muito até que ele finalmente falasse:
- Você realmente não se arrepende?
- Não me arrependo.
Miguel finalmente a soltou suavemente.
Luiza recuperou a liberdade dos braços e das pernas, respirando levemente.
Eles partiram para o cartório.
Hoje, Eduardo não veio junto; foi Miguel quem dirigiu.
Luiza sentou no banco do passageiro, olhando pela janela, em silêncio.
Uma hora depois, o carro parou na entrada do cartório.
Luiza voltou a si e olhou para Miguel:
- Miguel, chegamos ao cartório.
Miguel ficou sentado no carro por um momento antes de responder:
- Estou ciente.
Ele desceu do carro.
Falando nisso, essa era a segunda vez que Luiza vinha ao cartório.
Da última vez, fo