Luiza franziu a testa:
- Já cresci, não gosto mais de rosa.
- Com 22 anos, ainda é uma criança, não cresceu.
Luiza pensou que ele estava se referindo àquela parte, e seu rosto corou.
- Por que seu rosto está vermelho? - Miguel notou a mudança e, ao perceber que ela havia entendido mal, seu olhar se intensificou. - No que você está pensando?
Luiza fechou a cara.
- Não é nada.
- Claro que é, seu rosto está vermelho. - Ele sorriu, observando ela de cima a baixo. - Será que não te satisfiz esta manhã e você ficou um pouco chateada?
Luiza, inexplicavelmente, se lembrou da cena da manhã.
Se não fosse a chegada de Clara, imaginou que estaria prestes a ser forçada a ter relações sexuais. Seu rosto esquentou e ela o empurrou:
- De jeito nenhum!
- Se pensou, pensou. Homens e mulheres têm suas necessidades, não há nada para esconder. - Miguel não se irritou, entregando a ela o vestido de tule. - Experimente.
A expressão de Luiza estava rígida, mas ela não quis prolongar a conversa e entrou no pro