- Não consigo mesmo beber isso, é como sangue.
A cor também era como sangue, muito repugnante.
Miguel disse com voz séria:
- Se não beber, vai continuar tonta todos os dias. Você sabe quantos litros de sangue perdeu no acidente? Quase dois litros, por isso que ficou em choque e desmaiou por três dias.
Luiza franziu o cenho.
- Mas é que realmente não consigo beber.
- Mesmo assim, tem que beber.
Ele a obrigou a beber.
Luiza não teve escolha a não ser engolir com dificuldade. Depois de beber, sua garganta ficou especialmente irritada, e ela estendeu a mão em busca de água.
Miguel levou o copo até seus lábios, a alimentando com alguns goles, depois a abraçou ternamente e a fez arrotar.
Luiza ficou em seus braços, sentindo um amargor inexplicável no nariz.
Seu comportamento era bastante gentil.
Mas em sua mente, só havia as coisas entre ele e seu pai. Por que ele mandou seu pai para a prisão? Qual era o rancor entre eles?
Luiza já tinha tentado o sondar durante o jantar, mas Miguel n