Quando se mencionava essa criança, Miguel adotava uma expressão que sugeria que o silêncio era ouro, lançando a ela um olhar significativo.
- Desça.
- Você não vai falar sobre essa criança? - Luiza estava repleta de dúvidas, especialmente depois que o Sr. Souza mencionou isso à tarde, ela começou a considerar essa possibilidade.
Miguel disse:
- Esta criança é minha.
Três meses atrás, ele havia prometido a Clara que a reconheceria o bebê publicamente como sua criança.
Ao ouvir isso, Luiza tremeu, sem saber o que dizer, e forçou um sorriso amargo.
- Está triste? - Miguel perguntou.
Luiza respondeu, sorrindo:
- Não estou triste, afinal, já estamos divorciados.
- Na frente do avô, não mencione isso. - Miguel a instruiu.
Luiza, confusa, perguntou:
- Por quê?
- Recentemente, a saúde de minha mãe piorou, e eu temo que ele sofra um golpe duplo.
- Entendi.
Luiza acenou com a cabeça, saindo do quarto e seguindo com ele até o quarto do avô.
O Sr. Souza estava tomando sua medicação no quarto, e o