— Por que você acordou? — Luiza ficou um pouco chocada. — Você não estava sob efeito de anestesia?
— Foi anestesia local no braço.
Luiza arregalou os olhos, surpresa.
— Então, quer dizer que você estava acordado o tempo todo?
— Sim.
Ele sabia que ela tinha chorado e segurado a mão dele? A mente de Luiza ficou confusa.
— E por que você não disse nada?
— Quando saí da sala de cirurgia, eu estava exausto, então fechei os olhos, mas, de alguma forma, percebia que alguém estava segurando minha mão. Era você, né... — Miguel abriu os olhos e, ao ver que era ela, ficou visivelmente feliz. Isso mostrava que ela se importava com ele.
Luiza, no entanto, parecia desconfortável. Respondeu, um pouco emburrada:
— Você deveria ter dito alguma coisa.
— Eu já disse, eu não tinha forças. — Ao salvar Felipinho, ele havia usado toda a energia que tinha e agora estava completamente esgotado.
Luiza percebeu a exaustão dele e decidiu não insistir. Com os olhos vermelhos, disse suavemente