Ela fez uma pausa com os talheres e colocou o camarão no prato de Felipinho.
— Felipinho, coma você.
— Mamãe, você não adora camarão? Por que hoje não quer comer? — Perguntou Felipinho, confuso.
Luiza respondeu calmamente:
— Mamãe não quer comer hoje.
— Ah, tá. — Felipinho não pensou muito sobre isso.
O rosto de Miguel ficou visivelmente sombrio.
Dalila percebeu e comentou com Melissa:
— Tia Melissa, parece que a Luiza está bem resistente a ele.
Melissa assentiu com a cabeça.
— Uma ferida, quando é aberta, sempre deixa cicatrizes. Não dá para esperar que tudo se resolva de um dia para o outro.
— Mas a gente pode dar uma ajudinha, né? — Sugeriu Dalila, que também era uma pessoa travessa.
— Ajudar como? — Melissa ficou interessada.
Dalila disse:
— É só dar um empurrãozinho, aproximá-los mais. — Dito isso, ela se sentou à mesa de jantar e perguntou de propósito a Miguel. — Você é o pai do Felipinho?
— Sim. — Miguel respondeu ao ver que Dalila tinha um olhar a