Miguel pensou um pouco antes de atender.
— Alô.
— Miguel, a Alice está tendo uma crise porque não consegue te ver, está chorando e gritando sem parar. Você pode vir ao hospital falar com ela, por favor? — Isabelly falou ao telefone, preocupada.
Luiza, que estava perto o suficiente para ouvir, olhou para Miguel enquanto segurava a pipoca.
Miguel já a observava e, vendo sua expressão despreocupada, perguntou:
— Chamaram um médico?
— Chamamos, mas ela não quer ouvir o que o médico diz, trancou a porta do quarto e continua chorando lá dentro. — A voz de Isabelly estava cheia de urgência. — Ela não para de chamar o seu nome, venha vê-la, por favor.
Miguel apertou os lábios, lançando um olhar inconsciente para Luiza.
Luiza sorriu de leve.
— Vai, Alice precisa de você agora.
— O filme está para começar. — Miguel respondeu.
— Não tem problema, a gente pode ver o filme depois. A Alice está doente, ela é mais importante. — Luiza disse gentilmente, pegando o refrigerante das