São cartas minhas para Kevin, e cartas dele para mim que eu vejo dentro da caixa simples de papelão. Há tantas, que fico deslumbrada lendo uma por uma. E quando me dou conta, já se passaram quase uma hora.
— Meu Deus!! Kevin não mentiu, eu realmente estive em sua infância.
Quando sussurro para mim mesma, ouço batidas na minha porta e a voz de minha mãe em seguida.
— Maia, posso entrar?
— Claro, mamãe. Está aberta.
Mamãe senta ao meu lado da cama, e sorri ao ver as cartas espalhadas por toda a mesma. Posso ouvir o que ela está pensando antes mesmo de dizer, então eu me pronuncio primeiro.
— Sim, eu li todas elas, e... é isso mesmo, mamãe? Por que se sim, eu fiz uma besteira bem grande. — Rio de nervosa.
— Leia essa carta, e tome sua própria decisão Maia, se é mesmo uma grande besteira sua briga com Kevin.
Pego nas mãos de minha mãe, uma carta rosa, cujo nem precisa que eu leia para saber o que está escrito, pois quando sinto o perfume do papel, na hora aparece um flashback em minhas le