Júlia estava tranquila agora. Não era mais como no início do término, quando qualquer coisa a fazia lembrar de Rafael e seus sentimentos ficavam à flor da pele. O tempo, afinal, era um remédio eficaz. Com ele, as feridas mais profundas cicatrizam. O que um dia foi dor, agora estava quase esquecido. Júlia já havia deixado tudo para trás.
— O que você quer? — Perguntou Júlia.
— Podemos conversar em outro lugar? — Disse Rafael.
— Não vejo sobre o que precisamos conversar.
— Júlia...
— Sr. Rafael, por favor, me chame de senhorita. Não somos íntimos a ponto de usar o primeiro nome.
Rafael sentiu-se derrotado. Lançou um olhar discreto em direção a José, esperando que ele se tocasse e desse um pouco de privacidade. Mas José não se moveu nem um centímetro, completamente alheio às tentativas de Rafael.
Com o histórico de comportamentos imprevisíveis de Rafael, Júlia sabia que seria um erro ficar sozinha com ele.
— Se não há mais nada, vamos indo. — Júlia olhou para José.
José assentiu levemente