Rafael desligou o chuveiro, vestiu o roupão e, no momento em que a sombra estava prestes a colar na porta, girou a maçaneta rapidamente, abrindo-a de supetão. Deu de cara com Viviane, que tentava se esgueirar para dentro.
— Quem te deu permissão para entrar? — Os olhos do Rafael ardiam de fúria. — Eu já te disse que não é para você pisar neste quarto! Não entendeu ou o quê? Onde você arranjou coragem para desobedecer?!
Sentindo o gelo no olhar de Rafael, Viviane começou a tremer, as mãos frias como pedra:
— Eu... eu só vim trazer...
— Você acha que eu não sei o que está passando na sua cabeça? — Rafael interrompeu, a voz carregada de crueldade. — Só porque dormi com você algumas vezes, acha que significa alguma coisa? Mulheres como você, eu já vi de monte. Basta eu estalar os dedos que aparecem dezenas iguais. Qual é a diferença entre você e qualquer uma delas? Se você se despisse na minha frente, eu nem te olharia duas vezes.
Rafael a encarava de cima, com um desprezo cortante:
— Sabe