ANNA MEU DEUS, eu estava cansada, feliz, satisfeita, receosa. Olhei para o Alexa que estava na mesa ao lado da cama, eram 3h04 da manhã, Lorenzo dormia nu ao meu lado e minha bexiga gritava para fazermos xixi. Depois da noite que tivemos eu apaguei, me lembro de termo nos enroscado e dele ter feito carinho em meus cabelos, depois disso um grande apagão e um poderoso sono. Lorenzo dormia de bruços, como rosto virado para o lado oposto de onde eu estava, não estávamos grudados e isso facilitava minha ida ao banheiro, já não conseguia mais aguentar ou voltar a dormir. Tirei as cobertas de cima de mim e fui a paços leves até a porta que eu achava que dava para o banheiro, nunca tinha estado no quarto dele antes. Ainda bem que não tínhamos fechado as janelas e luz da lua iluminava o ambiente fazendo meu caminho ser um pouco mais visível. Meu palpite estava certo, aquela porta era o banheiro, tateei a parede a procura do interruptor – cadê essa merda, eu vou me mijar nas calças
LORENZO Eu nos olhos dela a surpresa ao me ver dentro do box, tenho certeza que ela pensou que eu meteria o pé - é gatinha se fossem outros tempos, eu meteria – mas dessa vez não, por ela não. O que tivemos ontem foi tão bom e unico, e todo o que passei nos ultimos dias me fez reconsiderar se o que eu realmente quero para minha vida – cazzo, estou soando como um banana. Ela jogou as roupas no chão e finalmente entrou no box, passo a mão pelo o rosto em direção ao cabelo para tira a agua que escorre e depois a pego pelo pulso e espalmo suas mãos em meu peito, a aproximando de mim, passo meus dedos pelo seu cabelo da raiz as pontas os colocando de lado enquanto olho em seus olhos - Você dormiu bem ? - suspiro – Depois do que tivemos ontem, precisamos de um bom descanso. - Sim italianinho – ela abre um sorriso enquanto leva as mãos até minha nuca e acaricia a ponta dos meus cabelos – pelo visto você tambem dormiu muito bem, nunca que vi com tanto bom humor pela manhã. - Meu
ANNA Saimos do banheiro juntos, nos secamos e colocamos os roupões que estavam enrolados na bancada. Fomos direto para varanda e recepcionados com uma bela mesa de cafe da manhã, toalha e louça branca e os aparelhos de servir de metal. Confesso que me belisquei escondido debaixo do roupão - sim parece muito um sonho – mesmo eu sendo uma garota da mafia e por isso ter acesso a muito dinheiro que me proporciona viagens, roupas, noitadas, bons restaurantes, enfim a vida que toda patricinha quer ter, essas ultimas 24 horas tinha sido demais para mim. Não que eu não tivesse sido tratada com carinho pela pessoas com quem sai, mas, alem do Petrov mais ninguem tinha tido tanto cuidado. Nos sentamos para comer e o cheiro dos alimentos fez minha barriga roncar novamente. - Ragazza, você esta com fome mesmo, venha vamo a magiare (vamos comer). Eu acho que sentariamos um a frente do outro e comeriamos o cafe, mas para minha total surpresa Lorenzo segurou em minha mão - estavamos d
PETROV Segurei Helena pelos braços para evitar que se choca-se contra mim, seus olhos estavam tão cheios de lagrimas que duvido que estivesse enxergando algo em sua frente. - Helena, o que houve? Se acalme por um instante. Eu gostava dela, e estava realmente preocupado, já havíamos conversado outras vezes durante os eventos para todas as candidatas, mas principalmente no dia do ataque. Como Anna estava com Lorenzo neste dia, fiquei responsável pela segurança das demais, junto com outros soldados em um dos abrigos, ficamos lá por pelo menos 4 horas e a conversa fluiu de maneira interessante. Helena era doce, não no sentido angelical da coisa, nenhuma mulher da máfia era assim, mas ela levava as coisas em uma leveza diferenciada. - Ai Petrov – ela me olha nos olhos e pisca forte, uma enxurrada de lagrimas cai de seus olhos – ainda bem que foi você que me viu neste estado. Pode me levar ao meu quarto? - Claro – minhas mãos descem em direção as delas e se unem – mas pode me
ANNA Eu saí do quarto antes de Lorenzo, peguei minhas roupas do chão e sai de roupão mesmo, nossos quartos ficavam no mesmo andar somente em lados opostos. O corredor parecia maior que o normal, imenso, eu segurava dentro de mim a vontade de chorar. Precisava chegar no quarto antes que me vissem e depois precisava sair de lá antes que Petrov resolvesse me procurar. - ótimo, sem ninguém no corredor, vou rápido. Cheguei no quarto e deixei a roupa cair ao lado da porta, eu estava confusa, não sabia o que fazer naquele momento ou com a minha vida. Eu era forte e decidida, mas resolvi ser fraca e estupida. Deitei-me na cama e o roupão abriu, foi a gota final para que tudo o que eu estava sentindo saísse. Como eu era tão estupida, a ponto de me deixar envolver por ele, e mais estupida ainda de pensar que não estava envolvida, que eu saberia controlar o que sentia e o rumo das coisas, estava obvio que eu não sabia. Deixei que todas as lagrimas saíssem junto com a constatação de
om, caso você não me conheça sou a Anna Yanov (até parece que alguém não me conhece, Puff), sou filha de Alexander Yanov, o chefe da Organização Solsnet, o maior e mais poderoso núcleo da máfia russa - e provavelmente do mundo -, com mais de 5 mil membros ativos e com negócios com a Itália, Alemanha e Brasil. Sou filha única e mulher, e como todo mundo sabe, isso é uma da desonra e desgraça na vida de meu pai. E mesmo eu sabendo tudo sobre a máfia e sendo mil vezes melhor que qualquer capanga dele, não sou digna de ser sua sucessora. Basicamente se você nasce mulher na máfia, só tem 2 caminhos: ser pura e esperar para casar com quem te disserem, ou curtir a vida e ir para uma prostibulo de algum dos mafiosos. Aah e tem também o meu jeito, que é curtir a vida na encolha e se fazer de pura e recatada na frente desse bando de velho hipócrita. Até essa semana, esse inferno não era tão infernal assim, dava pra lidar, até eu descobrir que terei de casar com o filho do Capo da Máfia I
.Olho ao redor, posso ver um conjunto de belíssimas mulheres, e na mesma proporção um conjunto de baba ovos do meu pai – Ser o filho herdeiro do Capo da Máfia, caro mio, não é nada fácil. Desde que meus pais decidiram que estava na hora de eu me casar para que no futuro quando meu pai deixasse o cargo, eu tivesse uma imagem forte e uma família consolidada o inferno reinou na minha vida. E o pior, tenho certeza que essa história de casar foi ideia de minha mãe, mama maledetta. Esse não eram meus planos. O foco era trabalhar bastante, fortalecer a famiglia e a máfia, me enfiar em uma rabos de saia para relaxar e esperar até que meu papa decidisse que era a hora de eu assumir. Mas não, vamos ouvir as mulheres, vamos dar uma chance ao amor e aos corações. Não sei o que acontece com esses homens, inclusive meu pai e meu irmão, quando a cabeça de baixo se apaixona a cabeça de cima perde o juízo, por isso o lema é NÃO SE APAIXONAR – como se fosse possível. Todos continuam a me olhar,
- Anna você não fez isso! Você é louca garota! - escuto minha melhor amiga falar pelo Ipad. Estamos em vídeo chamada, ela está me ajudando a escolher o vestido para o evento dessa noite. - Eu pensei que ele iria me mandar embora na hora, quando soubesse. Mas já fazem 2 dias. - Olho rapidamente para a tela e volto a procurar um vestido. - Amiga, você é muito louca ou realmente não se importa. - diz rindo - você e seu pai podem se ferrar tanto por isso. - É eu não me importo. - Se você não se casar com ele, você sabe que terá de se casar com o Petrov. Seu pai já deixou isso bem claro. - Se casar com um estranho ou com alguém que vive salvando a sua pele? - mostro as duas mãos em sinal de ponderação - Qual você acha que eu escolho? - Mas você não ama o Petrov. - Como se eu amasse o italianinho. - Agatha, foca no vestido! Preto longo ou verde midi ? - digo mostrando ambos - Não, que tal aquele azul com uns brilhos. Eu amo você naquele vestido, fica realmente parecendo uma princ