83: Não Deixa Eu Ir

Eu não sabia mais o que fazer. O medo sufocava, o desespero esmagava. Queria correr, mas as algemas prendiam meu corpo e minha alma. Não era só minha liberdade que estava em jogo, era minha vida inteira, a vida dos meus filhos.

Fechei os olhos tentando segurar a dor, mas nada ajudava. A cabeça corria. As carinhas dos trigêmeos apareciam sem parar. Adan, Alisson e Abe. Meus três anjinhos que ainda dependiam de mim pra tudo.

Como ia explicar isso pra eles? Como contar que a mãe que sempre cuidou, que sempre amou, estava ali, algemada, tratada como criminosa?

Meus olhos encheram de lágrimas que eu não consegui segurar.

“Eles dependem de mim. Precisam de mim. Não posso deixar isso acontecer”, pensei, sentindo as forças irem embora.

O delegado, já cansado de me ouvir, olhou pro relógio e soltou:

“Deveria ter pensado nisso antes de roubar o colar.”

As palavras dele cortaram como faca. Nem se importava se eu tinha feito ou não. A voz fria dele tornava tudo pior.

Queria gritar, mas a garganta
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