Mordi o lábio, sem conseguir esconder a angústia.
“Tão tentando tirar as crianças de mim, Emmeline. O Nick, ele… tá permitindo isso. Quer que os pais dele levem os meninos pra Miami enquanto eu fico aqui. Tô com medo de perder tudo.”
A linha ficou em silêncio um segundo, antes dela responder firme, mas preocupada.
“Calma, Scarlett. Eu vou aí. Não se preocupa, vou te ajudar a resolver isso. Faço o que for preciso.”
Respirei aliviada, mas o medo ainda tava lá, grudado.
Não tinha mais tempo a perder. Precisava lutar, e tinha que começar agora.
“Obrigada, Emmeline. Eu… não sei o que seria de mim sem você.”
“Não precisa agradecer”, respondeu ela com confiança que me acalmou um pouco. “Faço o que for necessário. Fica forte, Scarlett.”
Desliguei o telefone e encostei nas grades, tentando achar um pingo de paz no caos.
Sabia que não podia esperar parada. Precisava agir. E com a ajuda da Emmeline, ia achar um jeito de impedir que arrancassem meus filhos de mim.
Não ia deixar isso acontecer.
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