Sean já estava acostumado ao entra e sai do prédio do Grupo Thronike. Executivos ansiosos, estagiários com olhos arregalados, jornalistas farejando qualquer novidade. O mármore do hall principal refletia não apenas as luzes frias do teto, mas também o ritmo calculado do império familiar que ele ajudava a sustentar.
Era mais um dia comum — até não ser.
Sean saía do elevador quando trombou com uma jovem de vestido creme e passos apressados. A pasta de couro que ela carregava escorregou das mãos, espalhando folhas pelo chão. Sean, por reflexo, se abaixou para ajudá-la.
"Perdão" murmurou ele, reunindo alguns papéis.
"Não, a culpa foi minha…" a voz dela era firme, mas tinha algo de juvenil, um frescor que contrastava com o ambiente sisudo ao redor.
Quando os olhos dela encontraram os dele, Sean sentiu o déjà vu. Ele conhecia aquele rosto. Os cabelos longos loiros em ondas lembravam alguém.
"Sou Sofia Keller" ela disse, erguendo-se e oferecendo um aperto de mão. Havia uma segurança ens