A Quarta Camada – A Dor da Perda
A floresta se curvava ao redor dela como se estivesse de luto. As árvores, agora desfolhadas, tremiam com o vento que não soprava de lugar nenhum. Era como se o próprio mundo respirasse de forma irregular, tentando avisá-la de algo que nem ele compreendia.
Clarice parou diante de uma ponte de pedra antiga.
Debaixo dela, o rio não corria.
Estava congelado.
O tempo ali estava suspenso. A vida, em pausa. Era o território do luto.
Lyanna permanecia em silêncio, mas não por ausência. Sua presença pulsava nas veias de Clarice, como um tambor ancestral que conhecia o nome da dor que viria. A loba não dizia nada… porque não havia o que dizer.
Clarice atravessou a ponte.
O outro lado não era floresta.
Era um campo aberto.
A relva alta dançava lentamente ao vento, e entre os talos dourados surgiam túmulos.
Centenas.
Todos de pedra cinzenta, esculpidos com uma delicadeza cruel, como se alguém tivesse dedicado anos a esculpir cada letra, cada símbolo.
Clarice sent