Gabrielle Goldman
Eu não precisava da compaixão dela. Não precisava da sua compreensão. E, com certeza, não precisava ouvir da boca de uma estranha a acusação que eu mesma repetia em silêncio toda maldita noite. Até ela conseguia ver que, o que quer que fosse que tínhamos, não era o suficiente para me fazer escolhe-lo. E agora me acusava, o defendia, como uma mãe faria.
Porque era isso, não era? Uma acusação disfarçada de consolo. Ela estava me dizendo que eu não estava feliz ao lado dele porque não queria estar. Que eu não o aceitava porque escolhia não aceitar. Que o amor dele era tão grandioso, tão imenso... e eu era pequena demais para corresponder.
E, no fundo, o mais cruel de tudo era saber que ela estava certa. Eu n&ati