Gabrielle
Antes que pudesse afundar ainda mais nesses pensamentos, senti as mãos de Matt em minhas costas nuas. Exatamente como na noite anterior. O toque quente, possessivo. Um lembrete silencioso de que ele estava ali. E de que eu estava jogando um jogo sem saber as regras.
— Está uma delícia nesse vestido, minha querida — murmurou Matt, puxando-me para mais perto com um toque que se alongou além do necessário. — Não pude deixar de notar… e me perguntar se, talvez, tenha escolhido ele só para me matar de ansiedade.
Seu olhar vagou pelo meu corpo com desfaçatez, e minha pele se arrepiou—não de desejo, mas de puro desprezo. Encarei-o com firmeza. Pouco importava se eu estivesse nua diante dele, nada lhe dava o direito de me tocar. Não éramos amigos. Não éramos íntimos