Dom me levou no colo até um carro, que certamente era o dele. Sentei no banco do carona enquanto ele deu a partida. Ele não perguntou nada e eu não queria falar. Estava cansada... E trêmula. Não sabia sequer o que pensar.
Em alguns minutos, ele entrou num estacionamento no subsolo. Desligou o carro e abriu a porta para mim, conduzindo-me até o elevador.
Paramos no décimo andar. Ele abriu a porta e entramos num apartamento enorme, bem decorado, todo em tons claros. Não tinha janelas... Porque tudo que dava para a área externa era vidro.
Joguei meu corpo no sofá confortável, mesmo sem ser convidada. Quando vi, ele estava ao meu lado, com uma bolsa de gelo no meu rosto.
- Ai... – reclamei de dor assim que senti o gelado na minha pele.
- Ele bateu forte... Vai ficar marcado. Eu... Lamento.
Olhei nos olhos dele:
- Tudo bem... Você não tem nada a ver com isso. Pelo contrário... Me salvou. Eu não sei o que ele teria feito se você não tivesse aparecido a tempo...
- Quer falar sobre o que houv