A manhã trouxe uma luz pálida que tentava entrar pelas cortinas pesadas da mansão, mas parecia não conseguir atravessar completamente a atmosfera carregada do lugar. Luna já estava acordada quando o sol tocou a moldura da janela.
Não porque tinha dormido bem — mas porque praticamente não dormiu.
A cena da noite passada não saía de sua cabeça. As batidas na parede. O corredor escuro. As câmeras viradas para o quarto vazio. O quarto impecável demais. Adrian revelando que o filho tinha visto a mãe morrer. Era informação demais para processar em um único dia, mas Luna não teve tempo para absorver. Ela ouviu um pequeno movimento ao seu lado.
Elias despertava.
Ele abriu os olhos devagar, confuso no início, mas quando viu Luna, relaxou. Esticou a mão até tocar o lençol dela — só para ter certeza de que ela ainda estava ali.
Luna sorriu com suavidade.
— Bom dia, Elias.
Ele piscou, sem responder, mas seu corpo perdeu a tensão. Ele se levantou devagar e caminhou até o banheiro, um sinal de que