Olívia sorriu de leve, tentando disfarçar o cansaço que ainda a envolvia como uma névoa.
— Estou melhor agora, vovó Olga. Acho que exagerei... tive vontade de tomar sorvete com quiabo na madrugada. — comentou, entre uma risada curta. — Como não tinha quiabo, fiquei só com o sorvete. Acho que foi isso.
Frederico ergueu o olhar do celular, o semblante austero suavizado por um lampejo de divertimento.
— Até nisso você se parece com Meredith. — disse com um meio sorriso nostálgico. — Sua sogra também tinha desejos estranhos quando estava grávida. Que Deus a tenha.
Olga assentiu, o olhar distante por um breve instante.
— É verdade. — completou, num tom suave. — Ela passou os nove meses com enjoo e azia. A água de gengibre ajudava um pouco. Preparei pra você, minha querida.
Olívia sentiu o coração se aquecer com aquele cuidado simples, familiar.
— Obrigada, vovó Olga. Vou tomar, mesmo já estando melhor. O remédio que o doutor Luiz passou fez efeito. — respondeu com doçura, tocando a mão da