O choro cessou, mas o silêncio que ficou entre eles dizia mais do que qualquer palavra. Ele continuou acariciando os cabelos dela, e a voz veio baixa, rouca, ressoando junto ao corpo dele.
— O que eu posso fazer por você? — murmurou, o timbre grave vibrando sob o ouvido dela. — Logo essas lágrimas vão ser de alegria… por causa do nosso filho. — Fez uma pausa curta, o olhar perdido no teto. — E quem sabe… você até queira ter outro.
— Eu nunca mais vou engravidar, Liam. — sussurrou ela, exausta. — Eu amo esse bebê, mas não aguento mais esses enjoos… é como se meu corpo não fosse mais meu.
Liam passou a mão pelos cabelos dela, num gesto calmo.
— Acho que aquele sorvete não te fez bem. — disse, tentando aliviar o tom. — Se você não melhorar, assim que o dia clarear, vamos ao obstetra.
— Queria tanto falar com a minha mãe… — murmurou, a voz embargada. — Ela saberia o que me dizer, como sempre soube. Mas se eu contar agora sobre a gravidez, ela vai saber que eu me casei grávida... e então o