Antes que pudesse responder, seus olhos captaram de relance uma silhueta familiar à entrada do jardim. Victor. Ele estava parado próximo ao arco de saída do salão, com os braços cruzados e a postura alerta, varrendo o ambiente com o olhar como quem procura por alguém. Por ela.
Olívia sentiu o estômago se contrair por um instante. Ficou com medo do irmão, com a sensação incômoda de ter sido pega numa cena que nem ela mesma sabia definir.
Ela desviou o olhar antes que Victor a visse, tentando parecer natural. Fingiu focar no bolo, mesmo que não conseguisse mais sentir o gosto.
Quando voltou a encarar o homem à sua frente, percebeu que ele continuava observando-a com atenção, como se tivesse notado a mudança súbita de expressão.
Mas ele não perguntou nada.
Não insistiu.
Não apressou respostas.
Apenas esperou.
E foi justamente essa calma que a fez respirar fundo e recuperar o controle.
Instintivamente, ela se levantou e meio que puxou o braço do desconhecido.
— Vem com