Olívia observou o tecido com atenção.
— Nossa, esse é um espetáculo. Vai lá experimentar.
Alguns minutos depois, Ísis saiu do provador, e a loja inteira pareceu parar por um segundo. O vestido dourado caía perfeitamente no corpo dela, valorizando suas curvas com elegância.
— E então? — perguntou Ísis, girando de leve diante do espelho. — Estou com cara de rica ou de faxineira disfarçada?
Olívia sorriu com aquele jeito dela.
— Está deslumbrante. Sério. Se eu fosse homem, te pediria em casamento agora.
Ísis riu, mas o brilho no olhar suavizou.
— Nunca mais vou me casar — murmurou, com um sorriso triste.
Olívia franziu o cenho, surpresa pela sinceridade repentina.
— O que aconteceu com ele, Ísis? Você é tão nova pra ser viúva…
Ísis respirou fundo, olhando o próprio reflexo no espelho.
— Eu tinha seis meses de casada. Ele era meu companheiro de palco — contou, a voz embargada, mas firme. — Nós fizemos faculdade juntos, ele era meu parceiro em tudo. O grande amor da minha vida. Um dia ele