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Cap 06: Pequena Mentira

Agora, eu precisava fazer com que o professor Pedro me convidasse para ir embora com ele. A minha história com Diego já tinha chegado ao fim, então o que eu fizer daqui em diante não será traição. Partir o coração de Diego foi difícil, mas o de Pedro não será um sacrifício. Precisava de uma ponte que me levasse ao meu objetivo, e Pedro seria essa ponte. Ele sempre gostou de brincar com suas alunas, conquistando-as, e quando as usava para seus próprios interesses, as descartava sem remorso. Mas agora ele vai provar do próprio veneno, porque serei a primeira aluna a usá-lo e depois descartá-lo da mesma forma. Ele vai sentir o que é ser deixado para trás. Nunca vou me esquecer de como uma das suas alunas, após se apaixonar perdidamente por ele, caiu em depressão e desistiu do seu sonho de ser psicóloga

Batidas na porta me tiram dos meus pensamentos.

— Estella? — ele chama.

— Só um minuto — peço.

Coloco o vestido, mas deixo o zíper para ele fechar. Que a próxima fase do jogo comece. Abro a porta.

— Desculpe, pensei que já estivesse pronta — ele diz.

— Não estou conseguindo fechar o zíper — explico. — Me ajuda? — peço, fazendo uma cara de frustração.

— Claro — ele responde.

Ele entra no quarto, então pego os brincos em cima da cômoda e viro as costas para ele, ficando de frente para o espelho. Quando ele se aproxima, deixo os brincos caírem de propósito, me curvando e empinando a bunda, roçando levemente nele enquanto pego os brincos no chão.

— Que desastrada — comento, e, pelo reflexo, vejo ele admirando a visão que lhe proporciono.

Me ergo, e então nossos olhares se encontram no espelho. Seus olhos estão cheios de desejo. Sei que ele está prestes a enlouquecer. Afinal, foram meses torturando-o com minhas inocentes demonstrações de afeto.

Ele sorri de maneira safada enquanto fecha lentamente o zíper do meu vestido.

— Obrigada, professor — digo, dando-lhe um beijo na bochecha.

— Eu que agradeço — ele diz com um tom sedutor, os olhos fixos em mim.

— Não entendi. Você quem me fez um favor, então por que está agradecido? — pergunto, fingindo não perceber o duplo sentido em suas palavras.

— Amo sua inocência — ele responde com um sorriso safado. — É melhor irmos — acrescenta, estendendo o braço para que eu me apoie.

Os amigos de Pedro organizaram uma festa de despedida para ele e, é claro, ele me convidou. Não quis me deixar sozinha, não agora, quando estou emocionalmente abalada e apavorada com a ideia de estar sem ninguém por perto. Contei a ele sobre meu ex-namorado obsessivo, que não apenas me perseguiu, mas também me forçou a uma intimidade que eu nunca quis, tirando minha virgindade contra minha vontade. Quando soube que aquele momento, que deveria ser especial, se transformou em algo traumático, Pedro ficou fora de si. Como psicólogo, ele sabe bem o impacto disso e ficou enfurecido ao perceber o quanto isso me marcou.

Quando chegamos à festa, todos os olhares se voltaram para nós. Não sei se era pelo fato de eu ser uma ex-aluna, de ser nova ou porque Pedro era um homem de quarenta anos. Talvez fosse por tudo isso junto. Algumas mulheres cochichavam enquanto me lançavam olhares de reprovação — pareciam cachorros poodle de madame, farejando algo fora do lugar.

Pedro me apresentou a todos como uma "aluna especial". A festa até que era divertida, tirando as esposas enciumadas que claramente não gostaram da minha presença. Mas eu as entendo. Minha chegada sempre causa um certo desconforto.

No entanto, o que realmente chamou minha atenção foi um dos amigos de Pedro,o tal Lorenzo. Ele não parava de me lançar olhares safados. Isso me deu uma ideia: talvez um pouco de ciúme fosse exatamente o que Pedro precisava para se decidir e finalmente me levar com ele.

Esperei o momento certo. Quando Pedro foi ao banheiro, aproveitei a oportunidade e joguei minha isca. Não precisei fazer muito. Um simples olhar para o idiota foi o suficiente para ele vir até mim.

— Deve estar entediada, né? Você é tão jovem, no meio de um pessoal com mais de quarenta anos — comentou assim que se aproximou.

— Está enganado. Adoro estar entre pessoas mais velhas. Sempre aprendo mais com elas — respondi, sorrindo de um jeito que deixava clara a minha intenção.

— E para relacionamentos? Também prefere homens mais velhos? — perguntou, inclinando-se um pouco mais na minha direção.

— Com certeza. Homens mais velhos têm muito mais a ensinar — sussurrei perto do seu ouvido, deixando meu perfume falar por mim.

— E o Pedro? Qual é a relação de vocês? — ele insistiu, com um tom de curiosidade.

— O Pedro? Ah, ele é só meu professor. Somos bons amigos, admiro muito ele, mas nada além disso — respondi, com um sorriso sedutor, como quem diz tudo sem dizer nada.

— Quer dançar? — convidou ele, e é claro que aceitei.

— Sim.

Ele segurou minha cintura, e começamos a dançar ao som animado de uma cumbia villera. Eu rebolava no ritmo da música, sentindo o olhar dele cada vez mais fixo em mim. Foi então que Pedro voltou.

Seus olhos me encararam de longe, carregados de ciúmes. Bingo. O jogo estava ficando interessante.

Pedro veio apressadamente em nossa direção, tocando no ombro de seu amigo Lorenzo.

— Desculpe interromper a dança de vocês, mas essa dama está em minha companhia e quero dançar com ela — disse Pedro, com um olhar firme e dominante. Gostei disso.

— Claro, estava apenas fazendo companhia a ela enquanto você não aparecia — respondeu Lorenzo, com um sorriso despreocupado, entregando-me a Pedro.

— Obrigada, Lorenzo, foi um prazer — disse, lançando um olhar discreto antes que ele se afastasse.

Pedro não perdeu tempo. Puxou-me para mais perto, suas mãos firmes em minha cintura, e eu mal podia conter o sorriso.

— Lorenzo é um descarado. Tenha cuidado com ele. Você é inocente demais para ficar sozinha com homens como ele — disse ele, com um tom protetor que beirava a hipocrisia.

— Não me pareceu. Ele foi muito respeitoso comigo. Inclusive, me convidou para sair na próxima semana — provoquei, lançando uma pequena mentira, só para ver sua reação.

A resposta foi imediata. Pedro apertou minha cintura, aproximando-me ainda mais de seu corpo. Seu olhar ficou mais sério, e eu sabia que minhas palavras haviam atingido o alvo.

— Ele convidou? — perguntou, sua voz carregada de ciúmes. — Mas tenho outro convite para te fazer. Espero que aceite o meu em vez do dele.

— E qual seria esse convite? — sussurrei em seu ouvido, deixando meu tom tão sedutor quanto a situação pedia.

Ele inclinou-se, sua boca perigosamente próxima à minha.

— Quando chegarmos em casa, conversamos — respondeu ele, em um tom baixo e cheio de promessas.

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