— Foi horrível, professor, foi horrível — digo, com a voz embargada, segurando o braço dele como se minha vida dependesse disso. — O que foi horrível? Me conte, estou preocupado — ele pergunta, envolvendo-me em seus braços. Eu me agarro a ele, sentindo a tensão em seus movimentos, enquanto um sorriso inevitável começa a se formar em meus lábios. — Me leve daqui, e aí conversamos em outro lugar. Por favor, quero ir para longe desse povoado, professor — digo, afastando-me um pouco e tentando parecer uma mocinha indefesa. — Vem, vamos para minha casa — ele diz, e por dentro eu quase pulo de alegria. Como um bom cavalheiro, ele abre a porta do carro. Com os ombros retraídos, entro e me acomodo no banco. Quando o professor entra no carro, me encolho no assento. Meu coração quase salta pela boca ao ouvir a voz de Diego gritar meu nome. — Estella! Estella! — ele grita, a voz carregada de desespero. Minha respiração acelera, e lanço um olhar suplicante ao professor, que me encara com os
Ler mais