Ângelo puxou Vitória para o sofá e começou a cuidar dos ferimentos dela.
Seus gestos eram tão gentis quanto sempre foram.
Depois de terminar o curativo, ele inclinou-se e deu um beijo na mão dela.
Naquele momento, o coração de Vitória parecia sair do controle.
Ela levou a mão ao peito, tentando acalmar as batidas aceleradas.
— O que foi? Está sentindo alguma coisa? — Perguntou Ângelo, preocupado.
A explosão havia atingido uma área muito grande. Apesar de tê-la protegido com o próprio corpo, ele não podia garantir que ela não tivesse se machucado.
— Vivi, ouça bem. Da próxima vez que houver uma situação perigosa como essa, fique longe, entendeu? A vida dos outros não é problema seu.
Ele não se importava com o destino de ninguém, contanto que ela estivesse a salvo.
— E você tem algum direito de dizer isso para mim? Você mesmo não foi o primeiro a correr para o perigo? — rebateu Vitória.
— É diferente. Gabriel é meu amigo. — Ângelo faria qualquer coisa pelo amigo, até arriscar a própria