Capítulo 128
Ângelo puxou Vitória para o sofá e começou a cuidar dos ferimentos dela.

Seus gestos eram tão gentis quanto sempre foram.

Depois de terminar o curativo, ele inclinou-se e deu um beijo na mão dela.

Naquele momento, o coração de Vitória parecia sair do controle.

Ela levou a mão ao peito, tentando acalmar as batidas aceleradas.

— O que foi? Está sentindo alguma coisa? — Perguntou Ângelo, preocupado.

A explosão havia atingido uma área muito grande. Apesar de tê-la protegido com o próprio corpo, ele não podia garantir que ela não tivesse se machucado.

— Vivi, ouça bem. Da próxima vez que houver uma situação perigosa como essa, fique longe, entendeu? A vida dos outros não é problema seu.

Ele não se importava com o destino de ninguém, contanto que ela estivesse a salvo.

— E você tem algum direito de dizer isso para mim? Você mesmo não foi o primeiro a correr para o perigo? — rebateu Vitória.

— É diferente. Gabriel é meu amigo. — Ângelo faria qualquer coisa pelo amigo, até arriscar a própria
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