Ângelo estava de ótimo humor. No caminho, ele começou a cantarolar uma música, sua voz grave e envolvente preenchendo o carro.
A canção era em inglês, e Vitória a reconheceu imediatamente. Já havia sido o toque de celular dela, o que tornava a melodia familiar.
Com seu timbre grave, Ângelo interpretava a música com tanta paixão e charme que não ficava atrás do cantor original.
O trânsito, porém, estava caótico devido ao horário de pico. Em meio ao congestionamento, um motorista tentou cortar à frente deles. Ângelo, sem paciência para esse tipo de comportamento, não cedeu.
Irritado, o outro motorista começou a xingar.
Ângelo parou o carro abruptamente, abriu a porta e desceu.
Sua altura e presença intimidante fizeram o motorista hesitar instantaneamente.
— Eu... Eu...
— Tá xingando quem, hein? E ainda acha que tem razão furando fila?
Ângelo encarava o homem com desdém. Ele não tolerava falta de respeito.
— Desculpa, foi mal. — O motorista pediu desculpas rapidamente,