Vitória franziu a testa. Ela odiava ser pressionada por alguém.
E, agora, Ângelo estava exatamente fazendo isso.
Ela o encarou com firmeza.
— Ângelo, eu já falei: eu não vou tomar.
Vitória estava realmente determinada a não ceder.
Ela sabia que não deveria ter vindo até a casa dele.
— Vitória, olha minha mão.
Ângelo estendeu a mão queimada diante dela.
As cicatrizes eram evidentes, marcas de queimaduras que antes eram apenas detalhes nas suas mãos bem cuidadas.
O que isso significa? Vitória ficou sem palavras. Aquela mão tão bonita, agora marcada por causa dela?
— Isso tem a ver comigo?
— Claro que tem a ver com você. Vitória, sua mãe ainda está sozinha na fronteira. Ela precisa de você. Você é a única filha dela, e se algo acontecer com você, como ela vai ficar?
Ângelo sabia que a maior preocupação de Vitória era a mãe, e usou esse argumento para tentar convencê-la a tomar o remédio.
— Ângelo, você está ultrapassando todos os limites.
Vitória se levantou, recusando completamente