Ela parecia tão frágil naquele momento, mas só ele sabia o quanto ela era intensa e destemida por dentro.
Havia algo contraditório em Vitória, algo que a tornava fascinante e irresistível, despertando nele o desejo de tê-la só para si.
Ele queria, pouco a pouco, desvendar todos os segredos que ela escondia.
Com a água já um pouco mais fria, Ângelo aproximou o copo dos lábios dela.
— Cuidado, ainda está quente.
— Eu posso beber sozinha.
Ao longo dos anos, não importava o que fosse, ela sempre fazia tudo por conta própria. Vitória já estava acostumada com a independência.
Não era mais a princesa mimada que todos protegiam.
A água ainda estava quente, então Vitória soprou levemente e tomou um gole.
Na verdade, ela preferia adicionar um pouco de água fria, mas sabia que ele provavelmente reclamaria.
Então, decidiu não complicar.
— Está com fome? O mordomo preparou um lanche noturno. Se quiser, podemos comer algo.
— Eu não costumo comer à noite.
Para ser sincera, nos últimos cinco