Capítulo 7

O que faz aqui Diogo?- pergunto olhando o idiota a minha frente.

- Sua irmã me ligou, disse que estava diferente e que vai se mudar.- ele diz.- Eu só quero conversar Luiza, por favor.

- Minha irmã não devia ter feito isso, nós não temos nada mais para conversar, dissemos tudo oque tinha para dizer quando terminamos.- falo e me preparo para ir embora e entrar em casa.

- Espera Luiza, droga, eu quero me desculpar e me acertar com você.- ele diz chegando perto de mim e passando a mão levemente em meu rosto.- Você esta linda sabia?

- Eu te amava.- eu digo olhando bem em seus olhos.

- Eu sei, e eu estava apaixonado.- ele diz e acabo rindo da sua mentira.

- Você nunca gostou de mim, era tudo mentiram. - digo para ele que abaixa a cabeça como se tivesse envergonhado.

Ate parece.

- Luiza...

- Não Diogo, apenas vai embora e me deixe em paz.

Com isso eu dou as costas para ele e entro em minha casa.

Não vou mais sofrer por causa desse filho da puta.

Tomo outro banho e coloco um pijama para ir dormir.

Deitada na cama, lembradas do passado em que o Diogo fazia parte me vem a cabeça.

Era aniversario da minha mãe, íamos jantar todos juntos, mas Diogo falou que não poderia ir por que tinha um compromisso urgente.

Eu estava feliz, mesmo com minha mãe querendo me fazer emagrecer a qualquer custo eu ainda tinha o Diogo aonde me apoiar.

- Luíza, tira uma foto nossa e manda no grupo da família.- minha mãe me diz entregando seu celular.

Tiro a foto e ela esta toda sorridente, esses é um dos raros dias que minha mãe não fica rabugenta.

Entro no whats da minha mãe para m****r a foto e estranho que os dois grupos da família, um deles eu nunca vi. Mas o mais estranho é que no segundo seguinte uma mensagem do Diogo chega no mesmo grupo.

Eles esqueceram de me colocar?

Entro no grupo e vejo que somente minha mãe, Luana e Diogo estão no grupo.

Começo a achar mais estranho ainda, então olho para ver se minha mãe tinha voltado a cozinha para o jantar e começo a ler as conversas.

Não estava preparada para oque lia, lagrimas escorria pelo meu rosto a cada mensagem lida.

Como elas puderam fazer isso?

Deixo o celular da minha mãe em cima da mesa de jantar e pego minha bolsa e saio da casa.

Preciso conversar com ele, saber o por que ele fez isso.

Por minha cidade ser grande levo mais de uma hora a pé para chegar em seu apartamento.

A casa dele é pequena, mas é aconchegante.

Assim que consigo passar pelo porteiro subo as escadas e Bato freneticamente na porta, mas ninguém atende.

A porta vizinha se abre e um garoto sai de lá.

- Ele não está ai moça, o amigo dele veio e disse que o levaria na Nina.- o garoto diz

Nina? Quem é Nina?

- Tem certeza que ouviu Nina?- pergunto.

- Sim, ele disse que iriam se divertir e beber.

Droga, boate nine.

Nunca fui lá, mas preciso conversar com ele.

Saio do prédio e começo a caminhar novamente.

A boate é bem mais longe que a casa dele, e eu não tinha dinheiro, o que eu tinha usaria para entrar na boate.

Levo quase duas horas para chegar, já são quase 10h da noite e daqui a pouco o movimento começa.

Fico na fila da boate por meia hora antes de chegar a minha vez e eu conseguir entrar.

Já lá dentro, procuro em todo canto o maldito e o encontro em uma mesa de canto com alguns homens.

Tento me aproximar, mas antes que eu chegue um grupo de mulher se aproxima deles e uma delas senta no colo do Diogo que sorri para ela.

Aquilo é demais para mim, só confirma que tudo oque eu li naquele celular era verdade.

Pego o meu e envio uma mensagem para ele.

Vamos conversar.

Mando para ele e espero longos minutos ate que ele pegue seu celular e leia minha mensagem.

Ele digita e segundos depois uma resposta chega no meu.

Ele se vira para a mulher sentada em seu colo e beija a boca dela.

Esse desgraçado.

Estou ocupado linda, passo na sua casa amanha.

Esse idiota, provavelmente eu teria caído nessa.

Eu sei onde você está e vou te esperar lá fora seu filho da puta.

Espero ele ler minha mensagem enquanto ele pega o celular novamente.

Por um momento ele olha confuso para a mensagem e depois arregala os olhos olhando para o arredor.

Quando seu olho bate em mim eu viro as costas e saio da boate, atravesso a rua e fico no estacionamento.

Poucos minutos depois ele vem atrás de mim

- Oque pensa que esta fazendo aqui Luiza? Ficou louca?- ele começa a gritar comigo e eu rio da sua cara de pau.

- Eu queria conversar com você, queria saber a verdade, mas pelo que vi nem preciso perguntar não é mesmo.- digo o olhando e ele para fazendo o mesmo.

- Do que esta falando?- ele pergunta preocupado.

É claro que é verdade.

- Então é verdade, vamos parar por aqui Diogo.- digo.

Há lagrimas em meus olhos, isso não é justo.

- Luiza meu pudim, vamos conversar, não sei oque você entendeu ou oque você acha que sabe.- ele diz.

- Não me chame mais assim, você nunca gostou de mim, estava comigo por interesse próprio.- digo para ele.

- mas Luiza...

- Não, para.- o interrompo.- não quero mais te ver e não precisa me procurar mais, não vou te ajudar a conseguir oque quer.

Viro as costas e saio andando.

Não sei por que fizeram isso, mas prefiro me afastar antes que eu me machuque mais.

Com essas lembranças acabo pegando no sono.

Acordo no outro dia decidida a aceitar a proposta do sr. Moore.

Acho que devo ir trabalhar na segunda até que possamos ir para a sede.

Mando a mensagem para o número do meu chefe e sorrio.

Sinto que de alguma forma, as coisas irão mudar.

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