Capítulo 91
James Bellerose
A raiva ainda pulsava dentro de mim como uma fera enjaulada, pronta para explodir a qualquer segundo. Mas, naquele momento, não podia me permitir ceder a ela. Meu filho precisava de mim, precisava do meu acolhimento e da minha força. Quando o coloquei no carro, abracei-o com toda a intensidade que havia em mim, e a vontade de nunca mais soltá-lo me consumiu.
O silêncio reinava dentro do veículo, apenas interrompido pelo som da respiração trêmula dele. Senti o pequeno corpo ainda em alerta, como se temesse que, a qualquer instante, algo terrível pudesse acontecer novamente. Eu não sabia como curar a dor que ele carregava, mas prometi, em silêncio, que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para protegê-lo.
Quando estávamos quase chegando à delegacia, os gritos dele cortaram o ar como lâminas afiadas, partindo meu coração em pedaços.
— Não me mata! Não deixa ela me matar, mamãe! — ele gritou, mergulhado em um pesadelo, o corpo pequeno se debatendo, desespe