Capítulo 128
James Bellerose
O sol já atravessava as cortinas do quarto do hospital quando abri os olhos. A noite tinha sido longa, mas pela primeira vez em muito tempo, a exaustão me parecia boa. Aquele cansaço que vem do amor, da emoção e da certeza de que tudo valeu a pena.
Louise dormia serenamente, o rosto tranquilo, com Théo enroscado em seu colo. Mesmo dormindo, ela o segurava com a mão apoiada sobre o pequeno peito dele, como se quisesse garantir que o coração do nosso filho nunca deixaria de bater em sintonia com o dela.
Me aproximei devagar, tentando não fazer barulho. Sentei-me na poltrona ao lado da cama e fiquei apenas observando.
Aquele quadro, ela, com o nosso bebê nos braços, parecia uma pintura viva da paz que eu nunca imaginei ter.
Toquei o rostinho de Théo, tão pequeno, e ele se remexeu, emitindo um som baixinho, como se estivesse sonhando.
— Ei, campeão… — sussurrei. — Você já é o dono da casa, sabia?
Louise abriu os olhos devagar, sonolenta, e sorriu.
— Oi, papai