Dália estava à beira do colapso.
Seus olhos estavam arregalados, a respiração irregular.
Mas Gabriel apenas sorriu.
Frio e cruel.
O olhar dele não era de amor.
Era de vingança.
— Ainda não percebeu?
Sua voz carregava um escárnio cortante.
— Eu fiz tudo isso apenas para me vingar de você.
Silêncio.
O mundo de Dália desmoronou.
— Eu te amava, Dália. — A voz de Gabriel ficou grave, carregada de rancor. — Te amava tanto que teria feito qualquer coisa por você.
Ele cerrou os punhos.
— E o que você fez?
Seu olhar se tornou perigoso.
— Você me largou.
Por um europeu inútil.
— Me bloqueou de todas as formas.
Seus olhos arderam com um ódio que não poderia mais ser contido.
— Você sabe como foram aqueles dias para mim?
— Sabe a dor que eu senti?
Não, Dália não sabia.
Mas agora ela sentia na própria pele.
— Desde aquele dia, eu fiz uma promessa.
Gabriel deu um passo à frente.
Cada palavra dele era como um veneno sendo despejado em seu coração.
— Prometi que um dia você sofreria em dobro o que me