O dia passou voando. Passei tanto tempo com Alex que, quando percebi, já tinha escurecido.
Não tenho pressa para voltar à cabana e encarar a conversa que venho evitando com minha avó. Isso se ela ainda quiser que eu a chame assim.
O cheiro de comida fresca ataca meus sentidos assim que abro a porta.
— Humm... que cheiro maravilhoso — digo, sorrindo.
— Você demorou, querida. Temos um convidado.
Kain está sentado ao lado dela, segurando uma xícara com a alça quebrada. Ele parece não se importar com nosso modo simples de viver.
— Onde você estava? — pergunta, enrugando o nariz. Ele coloca a xícara na mesa e esfrega as mãos no rosto. Não parece estar de bom humor.
— Andando? — sugiro, sem convicção. Dizer que estava com Alex não vai ajudar em nada, não depois do que ele me disse antes… que enlouquece quando outro homem me toca.
— Não precisa mentir. Sinto o cheiro dele em você.
Instintivamente, levo o braço até o nariz. O cheiro estava lá, mas não era tão forte a ponto de ser sentido à d