Giovanna
— Por hoje é só, Giovanna. Espero que melhore logo e que retorne as aulas o mais breve possível.
A professora diz ao término de uma aula em uma chamada de vídeo. E quando a tela se escurece, solto uma respiração frustrada pela boca. Me encosto no encosto da cadeira e olho para o lado de fora através de uma janela. E como se fosse um pássaro preso dentro de uma gaiola de ouro, aproximo-me da janela. Toco o vidro transparente e fito a quietude de um jardim inundado pelos raios de sol de uma manhã ensolarada. De onde estou fito alguns homens de preto espalhados por todo o perímetro da mansão, caminhando sempre atentos a todas as direções. E os portões largos parecem inalcançáveis para mim.
Contudo, decido viver o que me resta. Portanto, ajeito o casaco de caxemira no meu corpo e decido sair um pouco. Receber o calor do sol deve me fazer bem. Respirar ar puro me ajudará a sentir o gostinho da pouca liberdade que tenho. Um canteiro de crisântemos coloridos é o meu alvo e um banco