— Você tem um filho. — Draven conclui, sem emoção.
Seu rosto parece moldado em gesso, os músculos tão travados que eu não faço ideia do que se passa dentro dele.
E essa reação me deixa insegura de repente.
— Isso é um problema para você? — cruzo os braços no peito e levanto o queixo, atacando por me sentir acuada. — O que importa é que ele é um possível doador e precisa ser mantido em segurança.
Draven vira de costas para mim e toca a testa na porta.
— Quinze anos, Zara… — sua voz fica abafada contra a madeira. — Resolveu confiar em mim só agora?
— Não confio em ninguém — respondo para as suas costas.
Antes que meu cérebro registre, ele se vira e avança na minha direção.
Força de volta minhas costas contra os azulejos gelados e segura os meus dois punhos com as suas mãos.
— Por que? — Seus olhos são facas contra mim, sua boca é uma linha fina, cheia de ira. — Eu levei você para a minha casa. Eu fiz tudo para te tirar dessa vida! Fiz tudo por você...
Uma pausa. Seu corpo enorme pren