Vem como um choque em cada nervo do meu corpo, e meu sangue gela.
Esse é o primeiro sinal, e eu entendo rápido.
Depois a sensação vai crescendo, ficando mais insistente. E em segundos, se transforma em pura angústia para mim. Pânico.
Sufocante.
É o medo dela.
O vínculo grita dentro de mim, violento, cada dia mais forte, e cada batida do meu coração está recebendo agora o desespero dela como se fosse meu.
Nem vi como, mas em um instante, já estou abrindo a porta do porão, o coração no ritmo tão errado que está embolando a porra dos meus pensamentos.
Alexia não está ali.
Corro para o bar, onde Eryon está limpando os copos e organizando tudo, ao som da música alta, mesmo que a boate ainda não esteja aberta.
— Onde ela está? — Pergunto, brusco. Ele sabe de quem eu estou falando.
Eryon levanta as sobrancelhas para mim como se eu fosse o timer de uma bomba.
— Não está na hora dela de subir ainda…
Mas já saí antes que ele consiga terminar a frase. Volto para o escritório e olho cada câmera