— Me provar? — Levanto uma sobrancelha para ele, para a curiosidade que o deixou vulnerável a ponto de ir atrás de mim naquele beco.
De repente, me sinto menos caça — e mais caçadora.
— Pelo que eu entendi lá dentro, seu interesse está em Samiel, não em mim.
O sorriso que ele me devolve é leve, quase bonito demais. As gotas escorrem do cabelo liso, pelo rosto, e descem pelo pescoço até o peitoral musculoso. Alguma coisa nessa cena me irrita — como se nada fosse capaz de abalar Azrion.
— Não posso querer tudo?
Dou um passo à frente e o encaro.
— Uma carona. E eu deixo você provar… meu sangue. Só.
Seus olhos passeiam pelo meu rosto, cheios do que parece ser um tipo de admiração. Por um instante, a tensão entre nós dois fica mais fácil de digerir.
— Vamos? — ele pergunta, estendendo a mão para o beco.
Entro no esportivo vermelho-sangue, de dois lugares, de Azrion, e de uma forma interessante, não estou mais tremendo. O medo ainda está em mim, mas agora é menor do que a ansiedade e a raiv