Deixo um Samiel contrariado me esperando na porta do prédio usando o mesmo argumento que usamos com Eryon — ninguém vai invadir o prédio pelas janelas. Além disso, ele pode sentir a minha tensão se algo acontecer, então, sabe que vou estar segura.
Dois toques na porta e Zara me recepciona com cara de espanto.
Mas sua expressão muda em um segundo, quando ela me puxa para um abraço apertado:
— Srček! — é tudo que diz, parecendo emocionada.
Zara está mais magra, os círculos escuros em volta dos seus olhos mostram que ela não tem dormido. Mas não retribuo a recepção calorosa. Primeiro preciso entender o motivo que a levou a me trair.
— Vim conversar com você — digo, seca. — É aqui que você tem ficado?
Ela assente com a cabeça, se sentando no sofá, e eu pego o assento ao lado. Uau. desconfortável.
— Prisão domiciliar. Isolada do mundo.
Limpo a garganta antes de começar.
— Você não envia dinheiro para uma pessoa falecida, então… sobre o que mais mentiu? — Vou direto ao ponto.
— Menti sobr