HANNAPARO COM O CABIDE NA MÃO, quando ouço do closet a porta do quarto ser aberta. — Hanna... - Sorrio minimamente, revirando os olhos ao ouvir o cantarolar de Kelly.— Estou aqui. - Saio do closet com o cabide na mão, onde está pendurado meu vestido vermelho.— Eu tenho uma coisa para te contar... - Cantarola mais uma vez, os ombros encolhidos.— É ruim? - Pergunto enquanto paro em frente ao espelho, ainda de langerie para me vestir.— Vim te avisar, que você tem que abaixar para passar nas portas por que sua linda cabecinha loira está sendo enfeitada...— Como? - Pergunto, fechando o zíper do vestido. — O que o Dimitri fez? - falo entre dentes ao virar rapidamente.— É isso que dar ter um monte de homens... você não sabe qual o cretino está te passando a perna. Mas no seu caso não é o Dimitri e sim o ruivinho lindo que fala espanhol.— Seja clara, Kelly. - Ordeno, já irritada.— A prima do Dimitri se mostrou bem interessada nele e ele correspondeu, então agora eles acabaram de s
HANNAEu acredito que Mateo ainda me ama, mas isso está morrendo aos poucos e está difícil reverter. Vi mentira em seus olhos, ele pode não conseguir me trair, mas vai continuar tentando a medida que sente que tem que retribuir o ciúme que o causo estando com Dimitri todos os dias a sua frente.Essa Isabelle tem que sair do meu caminho de algum jeito, mas não posso fazer isso matando-a, ou vai ser muito fácil de Dimitri ligar uma coisa a outra. ela tem que voltar para a França. 2 MESES DEPOIS.12/11 12:45AM, MoscouESTACIONO A MERCEDEZ Benz na garagem do shopping. Respirando fundo ao ver pelo retrovisor do carro, Daria no banco de trás com um sorriso irritante. —O meu casamento é daqui a dois dias e você quer me leva para o shopping hoje. - Kelly, comenta assim que saímos do carro, batendo as portas, ativo o alarme e começo a fazer o caminho para a entrada.— Realmente me atrasei nisso.— Fazer compras vai te relaxar. - Daria diz, apressando o passo para acompanhar eu e Kelly. F
DARIA EU ODEIO QUE ELE SEJA DELA, e é difícil esconder isso. Eu o amo com todo o meu coração, com todo o meu ser e eu faria de tudo por Dimitri, para vê-lo feliz. Sustento esse amor desde os meus quatorze anos, e ele foi só crescendo durante esse tempo. Eu achei qu seria eu a me casar com ele, usando um belo vestido e caminhando até o altar para dizer o mais orgulhoso e verdadeiro sim. Mas não foi assim, meu pai não conseguiu cumprir essa promessa, porque ela chegou. Tia Ivana passou tantos anos me dizendo que o momento de ser uma Devan chegaria, que um dia ele me amaria. E ela não está mais aqui para ver se isso acontecer, se é que vai acontecer. Eu peço todos os dias que sim.Quando ela veio meu coração se partiu em mil pedaços ao ver ele tão louco por ela, obecado e determinado a faze-la unicamente dele. Achei que Hanna era uma boa pessoa, para mim ele era só mais uma mulher apaixonada, e tendo que se casar forçada por outro. Eu fiz tudo que ela pediu, tentei chamar a atenção de D
HANNA1 semana depois....21/11 12:30AM, MoscouELA ME PASSA UMA PASTA papel pardo por cima da mesa.— Esse são os relatórios que meu pai mandou sobre as movimentações financeiras das boates e cassinos. Ele quer que você análise, mesmo que ele já tenha feito isso para saber que ninguém está te roubando.— Ele sabe que a última palavra é a minha, e só acredito depois de ter minha própria análise.— Você é sempre muito desconfiado, Dimitri. Meu pai nunca te enganaria.— Não confio em seu pai, Daria. E em quase ninguém. Mas vou deixar isso para amanhã, tenho um compromisso agora.— Compromisso? — Reunião na casa do Gregory, deixamos algo pendente para depois do casamento dele e agora que já se casou e acabou a lua de mel, vou terminar isso.— Eu posso ir? - Pede, com a sobrancelha arqueada e prestes a lhe dar uma resposta, minha atenção é roubada por Hanna que entra no escritório pronta para nossa saída.— O que faz com meu marido?— Vim porque meu pai me mandou, tive que trazer pa
DIMITRI — Eu posso te dar castigos bem piores que a morte. — Não fiz meu pai te entregar nas suas mãos no altar para ser tratada assim.— Fez ele te entregar a mim para manter ele e o resto da sua família vivos. Já chega de ser teimosa.— Eu não sou sua submissa, Dimitri. E se era isso que procurava, você está casado com a mulher errada. — Pelo jeito estou. — Entro para o closet, sentindo ela me seguir para dentro do mesmo.— Aonde vai?— Sair.— Vai para a boate, não é? - cruza os braços e não a respondo. — Tudo bem, não vou ficar nesta casa te esperando como uma estúpida. Vou para casa da Kelly. - Ela sai do closet, me deixando sozinho e furioso. Sem contestar sua decisão.Demorei duas horas para sair de casa, Hanna me deixou sozinho no quarto, inundado em meus pensamentos e paranóias. Hesitei por horas a ligar para ela, mas não fiz isso. É comprenssível por seu temperamento e personalidade que ele não queira ter uma marca eterna que prove que ela me pertence, mas minha cabeç
HANNA22/11 09:03AM, MoscouDIMITRI ENTRA NA SALA, me fazendo ficar de pé imediatamente para vê-lo. A sua expressão não esconde que passou a noite fora bebendo, ainda parado perto da entrada da sala de estar. — Onde esteve a noite toda, Dimitri?! - O questiono como se não soubesse de sua incrível e prazerosa noite com Penélope.—Na boate. - Fala simplesmente enquanto eu assinto.Eu ando até ele. O barulho dos meus saltos no porcelanato ecoa enquanto me aproximo lentamente de seu corpo parado no mesmo lugar desse a entrada. Ao parar nele, não se retesa, continua com sua pose segura me encarando, segurando o palito atrás das costas com a ponta do dedo indicador. A barba por fazer e os olhos com um brilho diferente. Chego perto o suficiente para sentir o cheiro de álcool, e do perfume de Penélope em sua roupa amassada. Ele vai mentir para mim.—Você cheira a álcool. - falo com os braços cruzados a altura do peito, o olhando com falsa fúria e indignação.—Passei a noite bebendo, por
HANNA25/11 16:34PM, MoscouEncaro o celular no criado mudo, pegando o mesmo e discando o número de Kelly. Não a vejo desde o dia da tatuagem, e ela também não andou me ligando.— Kelly? - falo assim que ela atende no sexto toque, eu já estava impacientes.- Pode vir aqui amanhã? preciso conversar.—Olá Hanna, eu sinto muito, mas não posso ir amanhã.—E por que não? - Arqueio uma sobrancelha.—Eu vou sair com a Cristina... Vamos ter um dia de irmãs, vou levá-la para passear. - Conta, completamente animada.— Cristina...- falo com um ar de desprezo. - Tudo bem, aproveite. - desligo. Mais uma maldita!26/11 12:32AM, MoscouAndo pelo corredor, até me sentir ser puxada para dentro do quarto de Mateo. Eu sou jogada de costas na porta assim que ele a fecha, e por um segundo consigo olhar em seus olhos, até que ele comece a beijar meu, suas mãos correndo por todo meu pescoço, e percebo que reviro os olhos com isso.—Não. - falo com a mão em seu peito para afasta-lo. - Dimitri está no escri
29/11 03:32AM, MoscouTERMINO DE LER TODOS os relatórios das boates, cassinos e carregamentos, vendo que já são 03:32AM. A cólera me atinge quando recosto a cabeça no encosto da cadeira.Flashback on -Nós deveríamos dar um tempo nisto...— O que quer dizer?—Quero dizer que quero que tenhamos uma segunda lua de mel, longe daqui. A nossa lua de mel uma semana...—Hanna...—Sei que vai me dizer que não tem tempo, que tem carregamentos, obrigações, reuniões, inspessões, mas você é o capô. - coloca as mãos delicadas em cada um de meus ombros.-E pode deixar gente de confiança fazer isso por você. Deixe as coisas importantes com Gregory, sua prima vai ficar bem, a Kelly pode vir visitar Isabelle e saber como ela está, Mateo vai estar aqui também. E precisamos de tempo juntos e sozinhos longe de tudo, todas as preocupações. Eu quero ficar só com você. Faça pelo nosso casamento...Flashback offSolto o ar dos pulmões, esfregando as temporas antes de tomar um gole do whisky pousado no desca