DIMITRI COLOCO A BALA DENTRO do cano, procurando dentro de mim todo ódio que senti há poucos dias atrás, não é difícil recuperar o sentimento. Só preciso mantê-lo para terminar isso, o mesmo ódio que senti quando deixei que espancassem a mulher que me colocou no mundo e me criou. —Faça isso por mim, meu amor. Pelo nosso filho. - Me Encoraja, deixando um beijo em minha bochecha. Meu braço ainda estendido a minha frente, e minha mãe na mira da arma. Sua boca tampada por uma fita que não consegue abafar os sons de sua garganta. É a segunda vida que tirarei nessa sala por Hanna, e não vai ser última. Ela está em pé na parede, amarrada nas Barras. Seu olhar de desespero perturbada minha cabeça e sei que não sairá dela tão cedo. — E quando ela estiver morta, vamos nos recuperar do trauma, e depois formar uma família completa. Vou dar a você em triplo o que uma vez ela tirou.Dou um passo a frente e Hanna me acompanha.—Adeus. Ivana. - Ela diz lentamente antes que o tiro atinja certeiram
30/8 16:29PM, MoscouABRAÇO HANNA PELA CINTURA, os óculos escuros que ela usa não deixando transparecer seus sentimentos pelos olhos, mas espero que por trás das lentes, eles vejam a cena com satisfação, como justiça pelo que dela foi tirado. De nós. É o que realmente interessa mim, mais ainda a partir de agora, mantê-la satisfeita e feliz, um de nós tem que estar plenamente satisfeito por isso e que este seja ela, porque desde que disparei aquela arma, soube que este não poderia ser eu. O ódio incontrolável que corria por minhas veias não me permitiu ver o que viria depois da morte da minha mãe, a culpa. Ela mereceu. É o meu mantra, mas também está se tornando um método de alívio falho.Encaramos a descida do caixão.O único choro compulsivo que se ouve no local é o de Daria e Nádia, abraçadas.É lamentável que tenha que ter sido desse jeito. E espero que meu pai me perdoe se ele estiver em algum lugar, certamente seu desejo não era que poucos meses depois de sua partida, minha mãe o
HANNAPARO COM O CABIDE NA MÃO, quando ouço do closet a porta do quarto ser aberta. — Hanna... - Sorrio minimamente, revirando os olhos ao ouvir o cantarolar de Kelly.— Estou aqui. - Saio do closet com o cabide na mão, onde está pendurado meu vestido vermelho.— Eu tenho uma coisa para te contar... - Cantarola mais uma vez, os ombros encolhidos.— É ruim? - Pergunto enquanto paro em frente ao espelho, ainda de langerie para me vestir.— Vim te avisar, que você tem que abaixar para passar nas portas por que sua linda cabecinha loira está sendo enfeitada...— Como? - Pergunto, fechando o zíper do vestido. — O que o Dimitri fez? - falo entre dentes ao virar rapidamente.— É isso que dar ter um monte de homens... você não sabe qual o cretino está te passando a perna. Mas no seu caso não é o Dimitri e sim o ruivinho lindo que fala espanhol.— Seja clara, Kelly. - Ordeno, já irritada.— A prima do Dimitri se mostrou bem interessada nele e ele correspondeu, então agora eles acabaram de s
HANNAEu acredito que Mateo ainda me ama, mas isso está morrendo aos poucos e está difícil reverter. Vi mentira em seus olhos, ele pode não conseguir me trair, mas vai continuar tentando a medida que sente que tem que retribuir o ciúme que o causo estando com Dimitri todos os dias a sua frente.Essa Isabelle tem que sair do meu caminho de algum jeito, mas não posso fazer isso matando-a, ou vai ser muito fácil de Dimitri ligar uma coisa a outra. ela tem que voltar para a França. 2 MESES DEPOIS.12/11 12:45AM, MoscouESTACIONO A MERCEDEZ Benz na garagem do shopping. Respirando fundo ao ver pelo retrovisor do carro, Daria no banco de trás com um sorriso irritante. —O meu casamento é daqui a dois dias e você quer me leva para o shopping hoje. - Kelly, comenta assim que saímos do carro, batendo as portas, ativo o alarme e começo a fazer o caminho para a entrada.— Realmente me atrasei nisso.— Fazer compras vai te relaxar. - Daria diz, apressando o passo para acompanhar eu e Kelly. F
DARIA EU ODEIO QUE ELE SEJA DELA, e é difícil esconder isso. Eu o amo com todo o meu coração, com todo o meu ser e eu faria de tudo por Dimitri, para vê-lo feliz. Sustento esse amor desde os meus quatorze anos, e ele foi só crescendo durante esse tempo. Eu achei qu seria eu a me casar com ele, usando um belo vestido e caminhando até o altar para dizer o mais orgulhoso e verdadeiro sim. Mas não foi assim, meu pai não conseguiu cumprir essa promessa, porque ela chegou. Tia Ivana passou tantos anos me dizendo que o momento de ser uma Devan chegaria, que um dia ele me amaria. E ela não está mais aqui para ver se isso acontecer, se é que vai acontecer. Eu peço todos os dias que sim.Quando ela veio meu coração se partiu em mil pedaços ao ver ele tão louco por ela, obecado e determinado a faze-la unicamente dele. Achei que Hanna era uma boa pessoa, para mim ele era só mais uma mulher apaixonada, e tendo que se casar forçada por outro. Eu fiz tudo que ela pediu, tentei chamar a atenção de D
HANNA1 semana depois....21/11 12:30AM, MoscouELA ME PASSA UMA PASTA papel pardo por cima da mesa.— Esse são os relatórios que meu pai mandou sobre as movimentações financeiras das boates e cassinos. Ele quer que você análise, mesmo que ele já tenha feito isso para saber que ninguém está te roubando.— Ele sabe que a última palavra é a minha, e só acredito depois de ter minha própria análise.— Você é sempre muito desconfiado, Dimitri. Meu pai nunca te enganaria.— Não confio em seu pai, Daria. E em quase ninguém. Mas vou deixar isso para amanhã, tenho um compromisso agora.— Compromisso? — Reunião na casa do Gregory, deixamos algo pendente para depois do casamento dele e agora que já se casou e acabou a lua de mel, vou terminar isso.— Eu posso ir? - Pede, com a sobrancelha arqueada e prestes a lhe dar uma resposta, minha atenção é roubada por Hanna que entra no escritório pronta para nossa saída.— O que faz com meu marido?— Vim porque meu pai me mandou, tive que trazer pa
DIMITRI — Eu posso te dar castigos bem piores que a morte. — Não fiz meu pai te entregar nas suas mãos no altar para ser tratada assim.— Fez ele te entregar a mim para manter ele e o resto da sua família vivos. Já chega de ser teimosa.— Eu não sou sua submissa, Dimitri. E se era isso que procurava, você está casado com a mulher errada. — Pelo jeito estou. — Entro para o closet, sentindo ela me seguir para dentro do mesmo.— Aonde vai?— Sair.— Vai para a boate, não é? - cruza os braços e não a respondo. — Tudo bem, não vou ficar nesta casa te esperando como uma estúpida. Vou para casa da Kelly. - Ela sai do closet, me deixando sozinho e furioso. Sem contestar sua decisão.Demorei duas horas para sair de casa, Hanna me deixou sozinho no quarto, inundado em meus pensamentos e paranóias. Hesitei por horas a ligar para ela, mas não fiz isso. É comprenssível por seu temperamento e personalidade que ele não queira ter uma marca eterna que prove que ela me pertence, mas minha cabeç
HANNA22/11 09:03AM, MoscouDIMITRI ENTRA NA SALA, me fazendo ficar de pé imediatamente para vê-lo. A sua expressão não esconde que passou a noite fora bebendo, ainda parado perto da entrada da sala de estar. — Onde esteve a noite toda, Dimitri?! - O questiono como se não soubesse de sua incrível e prazerosa noite com Penélope.—Na boate. - Fala simplesmente enquanto eu assinto.Eu ando até ele. O barulho dos meus saltos no porcelanato ecoa enquanto me aproximo lentamente de seu corpo parado no mesmo lugar desse a entrada. Ao parar nele, não se retesa, continua com sua pose segura me encarando, segurando o palito atrás das costas com a ponta do dedo indicador. A barba por fazer e os olhos com um brilho diferente. Chego perto o suficiente para sentir o cheiro de álcool, e do perfume de Penélope em sua roupa amassada. Ele vai mentir para mim.—Você cheira a álcool. - falo com os braços cruzados a altura do peito, o olhando com falsa fúria e indignação.—Passei a noite bebendo, por