HANNA01/07 Caribe, 23:25PMO mar está quase parado, as ondas são baixas e pouco barulhentas. A lua no céu faz com que uma luz pálida fique sob nossa pele enquanto ficamos sentados na areia, observando o mar e sentindo a brisa. Ele está sem camisa, o peitoral exposto um calção de banho na cor branca também.Eu jogo meu cabelo um pouco para trás, o sentindo um pouco ressecado pela água salgada e isso me faz franzir o rosto em reprovação ao toca-lo. O vestido branco está com um pouco de areia, o tecido fino tem uma fenda na perna e um generoso decote. É um momento perfeito para saber mais sobre ele vindo de sua própria boca, uma ilha deserta, a noite e com uma bela vista, lua de mel e ontem me "declarei" para o mesmo.— Por que não me matou? - Eu não olho para ele quando faço a pergunta, talvez isso torne mais fácil para ele me dizer alguma verdade.—Está sendo bem categorica. - ri nasalmente. - Eu ia te matar, tinha tratado disse com Gregory mas quando vi os resultados da investigação,
DIMITRI A OBSERVO ENCOSTADA NO convés do iate. O vento assopra seus cabelos loiros, algumas mechas batendo em seu rosto que agora está avermelhado pelo sol. Em alta velocidade vemos a ilha se afastando cada vez mais, dando fim a nossa lua de mel. Eu teria ficado mais tempo, mas não posso colocar minhas obrigações como capô para o lado apenas para me divertir, tenho uma nova reunião do conselho para apresentar a noiva do Gregory e iniciá-la na máfia como se deve.Ando até Hanna, ficando com meu corpo atrás da mesma. Inspiro seu cheiro único, vindo dele sua pele e seus pelos se arrepiam.—Vou sentir falta de ter você unicamente para mim. - murcha a expressão, se virando para me olhar e ficando presa entre meu corpo e o convés. —Teremos a vida toda para isso.—Será que vai ser o suficiente? - Arqueio a sobrancelha, exibindo um sorriso de lado. Retribuo, satisfeito que ela esteja tão entregue a mim e queira ficar ao meu lado por toda a vida. Provavelmente Salazar está no inferno, e es
DIMITRI 06/07 11:12AM, MoscouA porta do meu escritório se abre, e minha expressão se fecha ainda mais ao ver minha mãe passar pela porta, seu olhar é mórbido, e ela exala desgosto como se não fosse eu quem devesse sentir isto.—Decidiu aparecer para me dar as boas vindas, mãe?—Vim apenas porque Nádia insistiu que eu viesse lhe ver e fazer as pazes, ela notou o meu incomodo com a situação, e como disse que o Gregory contou o quão você ficou chateado, para não dizer revoltado, com o fato de eu não ter ido ao seu casamento com aquela pistoleira, eu decidi que superaria o meu orgulho e viria aqui.—Já disse para não se referir assim a minha mulher.—Como é possível que você só tenha escutado isso em meio a tudo o que eu disse de relevante? enfim, não se afete com tão pouco, isso não é nem metade do que eu penso sobre aquela moça. Que bom que se importou com a minha ausência, filho. Só se valoriza a presença de uma mãe quando ela já não está mais por perto, espero que me valorize antes
HANNAHANNA08/07 16:28PM, Moscou Observo o quadro da família de Dimitri no corredor principal, a pintura realista de traços precisos é uma ilustração de Ivana muitos anos mais jovem, a mesma em pé ao lado da cadeira do marido em uma pose imponente que me faz revirar os olhos e Dimitri quando criança. Esse quadro desagradável vai ser substituído por um muito melhor de mim - que infelizmente terá Dimitri também - e será mil vezes melhor. E ficarei ansiosa para ver a cara de Ivana quando vir que nem a sua imagem em um quadro de ouro vai permanecer nessa casa. Rio em satisfação. A maldita conseguiu se reconciliar com ele mesmo depois de tudo que fez a mim em frente a minha família, e também ter faltado no meu casamento, e não vou negar o quanto isso me alegrou. Nem para Dimitri ter uma mãe tão fácil de lidar quanto Nádia, mas o destino preferiu dar isso ao Gregory, e agora terei que dar um jeito na minha sogra, e vou pensar na melhor maneira de tirá-la do meu caminho. Não é o suficie
HANNA — Não, garçonete. Franzo o cenho. Então quer dizer que o Gregory foi procurar a esposa em um lugar inesperado... E porque está aqui? — Você é a esposa do Dimitri? Eu faço que sim com a cabeça. — Eu vim aqui ser seu problema. — Sorri. Ah, querida. Frase arriscada para começar uma conversa, mas vamos ver o que isso significa. — O que quer dizer com isso? — me mantenho no lugar, jogando uma mecha do meu cabelo para trás ao erguer o queixo. — Gregory veio aqui para falar com o Dimitri, para você me ensinar a ser uma esposa mafiosa. Rio desacreditada. Ah, era isso, pelo visto eu ando muito em alerta. — Mafiosa, assassina de aluguel e professora. — suspiro. — Você é russa? — Metade russa, a outra metade eu não sei. Meu pai sumiu antes de nascer. — O meu tentou me matar... — dou de ombros, quase me dou os parabéns por conseguir dizer isso sem rancor desta vez, estou ficando cada vez melhor na fieuma. — Você ganhou. — Ri. É, eu dificilmente perderia depois des
HANNA DEVAN11/07 09:20AM, Moscou* — Valeu. — Ele agradece o empregado que coloca suas malas para dentro. — Não sabe como fico feliz em ter você de volta. Como prometido. — Pouso as duas mãos em seus ombros, olhando-o com doçura. Finalmente tenho ele para mim de novo, algo que tanto sonhei em todos esses meses. — Eu também senti saudades. — Ele me abraça com força, como se estivesse segurando um motivo para sua própria vida. — Vamos subir, assim posso te ajudar a se acomodar... — Tudo bem. Fazemos o caminho para o quarto que designei como dele, em silêncio. É no corredor da direção oposta ao meu quarto com Dimitri. Fecho a porta atrás de mim quando entramos, deixando minhas costas apoiadas na mesma. — O que disse a sua mãe? — Disse que você pediu para eu vir, ela surtou... — Faz uma expressão nostálgica, e isso já me faz imaginar a cena. Naquela casa tudo é motivo de guerra e eu sempre gostei disso. — Seu pai até que gostou, me mandou ficar de olho em você. Meu pai tev
DIMITRI DEVAN 11/07 20:23PMDENTRO DO CASSINO, a luz dourada do lustre cobre a entrada do lugar, constratando com o chão vermelho que se estende por todo os andares. O vermelho e o dourado predominam o lugar, o vermelho propositalmente para tornar o lugar aconchegante e desafiador, e o dourado para dar sofisticação a decoração do lugar de luxo. As paredes exintas de qualquer relogio, e janelas, para que os apostadores percam a noção do tempo. Ouço o barulho das roletas girando enquanto faço o caminho para dentro, e junto vejo a vibração de ansiedade de homens e mulheres, com os olhos vidrados na roleta, lado a lado nas enormes mesas verdes, de madeira polida. Cada mesa com seu Dealer, para trocarem as notas por fichas e darem inícios as apostas. Ao passar, ele fala o valor de 9 mil, sendo autorizado pelo floormen e dando início a contagem em cima da mesa. Um casal se posiciona na área da racetrack da mesa. Mais a frente, as mesas de poker são ocupadas, em sua maioria, por mulhe
DIMITRI DEVAN14/07 11:20AM, MoscouVolto ao escritório, bufando de frustração ao ser atingido por mais trabalhos para verificar. E chegar um dia mais cedo não mudou nada, mas meu corpo está menos tenso pelo prazer que Hanna me proporcionou, mas ainda me vejo completamente irritado. E mais ainda ao pensar que seu primo está em minha casa, e vai ficar até que ela anuncie que vai me dar um filho.Uma hora depois, relaxo na cadeira, fechando os olhos pela cólera. A porta é aberta, e um Ivan sorridente passa por ela com o telefone no ouvido.—Também te amo, bebê... - Desliga o telefone enquanto eu nego com a cabeça.— Estava falando com o Gregory? - sorrio de lado.—Você que esta alucinando com ele.Assinto com ironia.— O que faz aqui?— Vim falar da reunião na boate. A lua de mel foi tão boa que esqueceu da vida? — Seria preferível nunca ter voltado. - comento, irritado.—Hum...Estou vendo que seu deu bem.—Estou surpreso no quanto. Amanhã eu mesmo vou receber a mercadoria nova antes