A porta da mansão se abriu com o som discreto da fechadura, e os passos firmes de Fernando ecoaram no hall silencioso. Ele estava com o terno impecável um pouco desalinhado pela longa jornada no escritório, mas os olhos atentos imediatamente captaram a cena que lhe roubou o fôlego.

Isadora estava na sala de estar, sentada com elegância no braço do sofá, cruzando as pernas com naturalidade, uma taça com suco de uva em mãos e um sorriso suave nos lábios pintados em tom rubro. A luz das velas espalhadas pela sala criava reflexos dourados ao redor dela, realçando o brilho de seu vestido acetinado e o balanço solto de seus cabelos ondulados. Era a imagem da mulher que sabia exatamente o que estava fazendo: seduzindo sem esforço, amando com intenção.

— Boa noite, meu amor — disse ela, com a voz suave como seda, enquanto colocava sua taça na mesinha ao lado. Seus olhos não deixavam os de Fernando, que se aproximava lentamente como um predador hipnotizado por sua presa mais doce.

Antes que ele