A porta da casa se fechou com um leve estalo atrás deles. O ambiente estava em penumbra, iluminado apenas por luminárias suaves, e tudo parecia mais calmo, mais íntimo. Era como se a casa também soubesse que ali morava agora algo sagrado: uma família.
Fernando tirou o casaco de Isadora com cuidado, beijando seus ombros, e levou Esperança para o berço portátil ao lado da poltrona de amamentação.
— “Vou preparar o chá de camomila que você gosta… e deixo pronto pra quando ela voltar pro segundo turno,” ele brincou com um sorriso sonolento.
Isadora riu baixinho e se espreguiçou com cuidado. A sensação de estar em casa, com sua filha e o homem que amava, era como se o mundo tivesse parado no tempo. Era ali que ela queria viver para sempre.
A madrugada avançava devagar, e por volta das duas da manhã, um chorinho fino cortou o silêncio. Esperança, com o rostinho contraído, pedia seu alimento.
Isadora levantou com suavidade, mesmo ainda sentindo o corpo frágil. Sentou-se na poltrona de amamen