— Tudo bem. Cida, minha querida, ajeitamo a data pra ocê se casar com Zé daqui um mês. Já vamo começar a ver as coisas pra deixar tudo pronto.
Cida não respondeu de imediato. Um gosto amargo tomou conta de sua boca, suas pernas tremeram e parecia que o cansaço havia dobrado, pois seu corpo estava ainda mais pesado. Ela não imaginou que o ‘depois do São João’ seria rápido assim.
— Oh de casa! — de repente, alguém gritou na porta.
Cida aproveitou o momento para ir atender, mas Zé a segurou.
— Oh seu Antônio, teria como o senhor ir ver quem é? Queria ficar um tempo a sós com Cidinha pra gente prosear um pouco e ir se conhecendo melhor até pro dia do casamento num é?
Palmas ardidas soavam casa adentro e a pessoa que chamava parecia estar apressada.
— Oh Cidinha! Seu antônio? Bora levantar que a festança acabou. Cês tão tendo peixe aí?
O senhor, ao ouvir que seria uma venda, correu pra porta, deixando o casal a sós.
Cida, depois de esperar o pai sair, puxou o braço que Zé segurava, sa