Capítulo 2
Eu sempre me lembro que estou me unindo a Asher pelo futuro da Alcateia Sombra da Lua.

No entanto, Asher repetidamente me envergonhava.

Apenas esta manhã, antes da reunião pública, os anciãos da Alcateia Sombra da Lua estavam discutindo um acordo sobre terrenos de caça compartilhados.

Os anciãos da Sombra da Lua propuseram várias emendas com base nas necessidades da nossa alcateia.

Como representante da Sombra da Lua, eu esperava ter a chance de explicar a importância desses termos para Asher em detalhes.

No entanto, quando tentei me comunicar com ele, parecia distraído.

Seu olhar continuava a se desviar para Selena, que ria e brincava com um grupo de jovens fêmeas nas proximidades.

— Ella. — Ele me interrompeu, com tom desdenhoso. — Confio que meus anciãos lidem com esses detalhes de forma eficaz. Você não precisa se preocupar tanto. Desde que as exigências da Sombra da Lua não sejam excessivas, a Pinheiro Prateado tentará atendê-las.

Suas palavras soaram generosas, mas detectei uma nota de condescendência.

Aos seus olhos, parecíamos ser nada mais do que um apêndice fraco que necessitava de sua caridade.

O que me envergonhou ainda mais foi durante a reunião, quando um enviado de uma alcateia neutra me apresentou um presente de congratulações como a "futura Luna" de acordo com o protocolo, Asher bocejou abertamente e então chamou Selena em voz alta para perguntar sobre os preparativos da dança ao redor da fogueira à noite.

O sorriso no rosto do enviado congelou instantaneamente enquanto ele me olhava constrangido.

Asher, no entanto, parecia completamente alheio, sua atenção completamente capturada por Selena.

As táticas de exclusão de Selena também ficaram mais intensas.

Minhas assistentes, Lia e Mia, também frequentemente enfrentavam dificuldades e tratamento frio dos lobos da Pinheiro Prateado ao coletar suprimentos diários.

Os alimentos e peles alocados para elas eram, com frequência, de qualidade inferior.

— Srta. Ella. — Lia reclamou indignada. — Aqueles lobos da Pinheiro Prateado são extremamente desrespeitosos! Eles não te levam a sério de jeito nenhum!

De fato, eles não me levavam a sério.

Agora, Asher estava esmagando minha dignidade sob seus pés, me forçando na véspera da nossa cerimônia de união a concordar que ele passasse a noite inteira com outra fêmea.

Enfrentando os olhares desafiadores de Asher e Selena, eu finalmente acenei.

Ouvi minha própria voz sair entre dentes cerrados.

— Como desejar, Alfa.

— Awoooo! — Gritos e aplausos irromperam. A atmosfera tensa se dissolveu instantaneamente.

— Nossa Deusa da Lua é tão magnânima! Verdadeiramente digna de ser a futura Luna da Alcateia Pinheiro Prateado!

— Não é à toa que o Alfa Asher lutou com os anciãos por três luas cheias para ter você!

— Uma verdadeira Deusa da Lua sabe quando dar dignidade ao seu Alfa!

Sua expressão mudou de lábios apertados para um sorriso triunfante.

Ele puxou Selena para perto, beijando sua bochecha corada amorosamente, suas verdadeiras intenções agora transparentes.

— Muito bem, lobos. — Ele anunciou. — Está ficando tarde. Eu tenho… uma promessa antiga a cumprir. E a cerimônia de união de amanhã precisa de preparação antecipada. — Ele piscou. — O resto de vocês, festejem! Todo o hidromel e assado esta noite é cortesia da Pinheiro Prateado!

— Ooooh, Selena vai ter uma noite selvagem!

— O Alfa tem resistência!

Mais uivos lascivos e risadas ecoaram pela floresta.

Asher ergueu Selena em seus braços e passou por mim.

Quando seu cheiro, uma mistura de arrogância e o almíscar ansioso de Selena, me envolveu, ele se inclinou perto.

— Minha Ella. — Ele sussurrou. — Se você quiser, procure um lobo forte também. Prove a liberdade. Juro pela minha honra de Alfa, não vou sentir ciúmes.

Ele tinha certeza de que eu não o faria.

Ele conhecia minha natureza conservadora e minha suposta lealdade.

Apenas mais uma maneira de me humilhar.

Encontrei seu olhar.

— Verdadeiramente, Asher?

Ele ergueu uma sobrancelha.

— A promessa de um Alfa é inquebrável, minha pequena lua. Assim como eu prometi me unir a você, e eu vou.

Seu tom transbordava condescendência, como se me possuir fosse algum grande favor.

Meu olhar se desviou dele para a parte mais profunda e escura da floresta.

Lá estava um Alfa solitário, como uma tempestade enjaulada, mesmo imóvel, seu poder era palpável.

Ele.

Lucas.

— Não precisa ir longe, Asher.

— O quê?

Ignorando a sobrancelha subitamente franzida de Asher, eu me levantei, meus movimentos fluidos e controlados.

Caminhei em direção a Lucas, velhas memórias e um cheiro perigoso, deliberadamente esquecido, me puxando para ele como uma maré.

Menos de dois metros de distância, me ajoelhei a seus pés, abaixando a cabeça, oferecendo minhas mãos em completa submissão.

O desejo que eu havia enterrado profundamente desabrochou, florescendo ao meu redor.

Levantei meus olhos para encontrar os dele, poços profundos que refletiam a luz dançante do fogo.

Minha voz era suave como um suspiro.

— Alfa Lucas. Esta noite, me faça sua... Por favor.
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