Felipe
Dirijo com o pé fundo no acelerador, o suor escorrendo pelas têmporas enquanto mantenho os olhos na estrada e nos retrovisores. O motor do carro ronca alto, mas não o suficiente para abafar o som dos tiros que começam a ecoar atrás de nós. Meu coração bate forte, mas minha mente permanece focada. Não posso perder o controle agora.
— Temos companhia — digo, o olhar rápido no espelho, vendo o carro preto nos seguindo de perto.
Vívian, ao meu lado, já está ajustando o assento, os olhos afiados como lâminas. Ela não precisa de instruções.
— Liga para o Rafael. — diz ela, enquanto alcança a arma no compartimento escondido.
Com uma mão no volante, abro o viva voz e disco rapidamente. Rafael atende no segundo toque.
— O que foi, Felipe?
— Estamos sendo seguidos, tiros disparados. Estou a caminho do hangar, mas temos problemas sérios aqui. — digo, a voz firme, mas tensa.
— Quem está atirando? Quantos carros? — Rafael pergunta, claramente em alerta.
— Um, talvez dois. Ainda não sei. Só