Don Falcone
O dia começa com um telefonema urgente. Um carregamento foi interceptado, e meus homens precisam de instruções rápidas. Dou ordens precisas enquanto termino meu café, o aroma forte preenchendo o escritório que, para mim, é tanto um santuário quanto um campo de batalha. A máfia nunca dorme, e eu também não posso me dar a esse luxo. Mas hoje, algo além do habitual peso dos negócios me acompanha, uma sombra que nem mesmo o café mais forte pode dissipar.
No meio do caos do dia, Isabella retorna. Assim que entra pela porta, sua presença ilumina a sala. Ela se joga nos meus braços com a alegria genuína de uma filha que ama o pai acima de tudo.
— Papà! Finalmente em casa! Estava com tanta saudade.
Sorrio, apertando-a em um abraço forte. — Minha menina, como foi a viagem?
— Maravilhosa! Mas não é a mesma coisa sem você. — Ela me olha mais de perto, a felicidade dando lugar a uma preocupação silenciosa. — O que está acontecendo? Você parece... distante.
Balanço a cabeça, tentando d