Beatriz
O riso preenchia a sala de jantar como música, aquecendo o coração de todos. A mesa era um reflexo perfeito daquela conexão rara e genuína, pratos compartilhados, olhares de cumplicidade, e uma alegria simples que parecia carregar anos de estórias em comum. Sentada ali, eu observava cada interação com um misto de admiração e saudade, como se tivesse encontrado um pedaço de algo que nem sabia estar procurando.
— E então, Rafael, como anda a pesquisa? — perguntou Stefany, com um brilho curioso no olhar.
Rafael repousou o garfo no prato e respondeu com a calma de quem domina o que faz:
— Estamos progredindo bem. Amanhã iremos a campo coletar mais amostras. A chegada da Beatriz é o impulso que precisávamos.
Fabrícia, sempre espirituosa, brincou:
— Finalmente! Alguém para dar conta do trabalho que você insiste em acumular, Rafael.
O ambiente voltou a se encher de risadas enquanto Stefany e Fabrícia traziam à mesa travessas fumegantes de lasanha. Rafael, já com um sorriso brincalhão,